quinta-feira, 3 de abril de 2008

A escola Pública = projecto de sociedade


A Câmara Municipal de Lisboa, aprovou ontem a Carta Educativa, prevendo investir 49 milhões de euros no parque escolar até ao ano de 2011, verba que será obtida através de financiamento próprio, protocolos com o Ministério da Educação e de candidaturas ao QREN, equacionando-se ainda a possibilidade de estabelecimento de parcerias público-privadas.
Em boa hora o executivo municipal entendeu intervir. As instalações das escolas encontram-se em elevado estado de degradação, existindo mesmo casos de condições estruturais alarmantes, situações que condicionam em larga medida o já curtíssimo corpo de profissionais que compõem o equipamento e os alunos.
Mas enquanto se aguarda pelos estruturantes investimentos, existem pequenas intervenções que melhoravam as condições das escolas e sobretudo ao nível da segurança, uma vez que são várias as escolas que não dispõem de luz eléctrica no exterior da escola, por razões de puramente injustificáveis, como o são a falta de lâmpadas, etc, etc, etc. A manutenção, em regime de serviços mínimos não existe.
Aquilo que importa referenciar é a vontade política de intervir numa área esquecida pelo município há longo anos, o que equivale a dizer que milhares de crianças foram de alguma forma negligenciadas, levando muitos pais e encarregados de educação a ter forçosamente de optar pela iniciativa privada, quando a escola é e tem de se manter como um bem público, inalienável, uma referência de confiança, um instrumento e claramente um motor ao serviço do desenvolvimento das populações, das regiões e do País.
A escola pública não pode ser só uma bandeira socialista, ela deve ser uma marca que distingue um projecto de sociedade.

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