quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Frente a frente no dia 1 de Janeiro no RCP


Amanhã, dia de ano novo, estarei no RCP, a partir das 23h, à conversa em directo com o Pedro Folgado, distinto militante do PSD e membro do Câmara de Comuns, um blog onde também participo. No frente a frente, teremos por certo a oportunidade de avaliar Lisboa e a CML em 2008 e tecer prognósticos para 2009. Por certo que vamos falar de eleições e inevitavelmente de António Costa e Santana Lopes.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

O consumo por cá!

"Com o pânico da depressão a correr mundo, nós corremos aos centros comerciais. Parecemos ser, de facto, um povo diferente dos outros."
Pedro Camacho, "Visão", 30-12-2008
Também somos dos povos no mundo com mais telemóveis por habitante e não é por essa razão que a nossa economia se comportou melhor ou pior.
Apesar de a actual conjuntura reclamar de cada um de nós maior sobriedade, parece-me que não devemos neste período festivo, reclamar uma nova doutrina pra um povo. Pelas piores razões teremos todo o ano de 2009 para nos contrairmos no consumo. Parece-me que esta análise, peca por ser mais papista do que o Papa.

Reclusos produzem para Bancos Alimentares

A partir de amanhã, reclusos de cinco estabelecimentos prisionais distintos vão contar com 25 hectares de terreno para cultivar. Os produtos que conseguirem retirar da “Horta Solidária” serão distribuídos pelas populações mais desfavorecidas.

No virar do ano, em que são notícia a crise financeira que se abateu sobre todas as nações ou o conflito na Faixa de Gaza, vale a pena destacar pela positiva, mais um importante instrumento de responsabilidade social, despoletado pela Direcção Geral dos Serviços Prisionais e que permite a alguns reclusos produzirem produtos agrícolas para posteriormente os doarem à Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares.
É importante que a sociedade saiba reunir os meios de integração e de criação de projectos de vida aos reclusos. O esquecimento a que maioritariamente são votados, associados à ausência de estratégias de inclusão, provocam desnecessariamente males maiores.

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segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Cavaco e o Estatuto do Solitário!


O Presidente da República, Cavaco Silva, anunciou esta noite numa declaração ao país que promulgou hoje o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, documento que tinha vetado, apesar de considerar que este abre um “precedente muito grave”, “abala o equilíbrio de poderes e afecta o normal funcionamento das instituições da República”.

Quanto à tese de um "precedente grave" hoje citada por Cavaco Silva relativamente à inevitável e democrática promulgação do Estatuto Político-Administrativo dos Açores, é caso para perguntar por que raio é que nem o seu PSD votou contra, nas três chamadas à Assembleia da República. É caso para se dizer que o senhor presidente da República caminha cada vez mais só, tão só, que só hoje se deve ter dado conta.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Obras de Requalificação de Restaurante no Jardim da Estrela


A Câmara Municipal de Lisboa vai realizar obras de requalificação no restaurante do Jardim Guerra Junqueiro / Jardim da Estrela.
A intervenção estará concluída em Junho de 2009.
O restaurante sera alvo de um Concurso Público para atribuição do direito de exploração, sendo o lançamento deste procedimento anuncido no sítio da internet da CML, no boletim Municipal e na imprensa diária.


Uma mudança de paradigma civilizacional

As últimas décadas são bem o reflexo da crise de valores que se apoderou da sociedade e que conheceu a sua face mais visível, com a recente crise nos mercados financeiros. Os valores humanos foram ultrapassados pelo poder do consumo. Viveu-se a época do "meu sucesso, significar em boa medida a desgraça de terceiros".
O grande desafio que se impõe hoje ao Homem, é o de procurar afirmar na sociedade outros significados à sua existência, fazendo reflectir o bem colectivo - "o meu sucesso, proporcionou também o bem estar a terceiros".

A revisão dos privilégios bancários

in Lusa em 28DEZ.08
Não poderei estar mais de acordo. Esta é uma afirmação que recebe no meu entendimento um amplo consenso na sociedade portuguesa. Os privilégios dos bancos redundaram na sem vergonhice e descaramento despedurado de umas tantas personalidades, que se auto classificavam com mentes brilhantes capazes de feitos financeiros inalcansáveis pelo comum dos mortais e foi o que se viu!
As enormes façanhas resultaram na intervenção do estado e por conseguinte dos contribuintes.
Os privilégios atribuídos aos bancos merecem pois ser revistos, a par de uma investigação rápida e transparente ao sistema, não vá dar-se o caso de existirem mais Rendeiros, Oliveiras e Costas e BCP´s.

A indecência do preço dos livros em Portugal


"Os livros em Portugal são indecentemente caros"
António Lobo Antunes in Expresso em 27DEZ.08

Estou plenamente de acordo com Lobo Antunes. Esta parece ser uma realidade imutável em Portugal. As editoras afirmam que o mercado não tem dimensão que permita uma redução efectiva dos custos associados à produção.
À cada justificação! O que dizer então de outros produtos made in Portugal que hoje apresentam preços ao cliente idênticos aos praticados em outros países desta Europa?
A dimensão do mercado é a mesma, as vontades é que se percebem ser outras!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A soberba e o frenesim

A soberba está novamente a tomar certas gentes do PSD-Lisboa. O candidato Santana tem destas coisas.
Para se perceber o quão a coisa está desequilibrada nas hostes laranjas, basta avaliar estas três figuras(Carreiras, actual líder da distrital do PSD e não eleito na Assembleia Municipal, onde o PSD é maioritário, Paula Teixeira da Cruz, presidente da AML e Saldanha Serra, líder da bancada laranja) e o frenesim despoletado, tendo por base isto
aqui e aqui.
Não deixo de apreciar, porém, que no PSD ainda subsistem personalidades que pensam colocar o interesse público à frente dos interesses de certas gentes do partido.
Mas atenção, o PSD populista, soberbo e frenético, prepara-se uma vez mais para atirar a consciência e o interesse público e local para os arrabaldes, chumbando a proposta de orçamento para 2009 para a CML, em nome de uma candidatura, no mínimo obscena.

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domingo, 21 de dezembro de 2008

Incongruentes, quanto baste

"É óbvio que Manuela Ferreira Leite está a engolir um sapo chamado Pedro Santana Lopes.

É óbvio que o PSD urbano e intelectual, porque precisa, convive já melhor, cínica e amargamente, com o PSD a que chamava populista e irresponsável.

Marcelo Rebelo Sousa, comentando, num primeiro momento a possibilidade de Santana Lopes ser o candidato do PSD a Lisboa, escreveu (18 de Outubro, no "Sol") que discordava completamente dessa solução para a CM Lisboa e que essa escolha tinha sido a decisão mais grave tomada até então pela actual líder. Esta semana, depois da confirmação oficial, disse: "É o melhor candidato que o PSD pode apresentar, tem experiência autárquica e ideias para a cidade." Ou seja, Cristo continua a descer à Terra sempre que é preciso..."

por João Marcelino in Diário de Notícias - Editorail de 21DEZ.2008


É este PSD, cínico consigo próprio e com o eleitorado, que se vai apresentar em 2009, a três actos eleitorais (Europeias, Legislativas e Autárquicas). Um PSD que muda de opinião, como o mesmo à vontade de quem muda de roupa.
Por força das circunstâncias, sociais e económicas que percorrem e corroem todas as nações, esperava-se e desejava-se que o maior partido da oposição pudesse ser credível e estruturante e não apenas um "monstro" semi-adormecido, sedento do poder.

Boas Festas



Estimada (o) Amiga (o),
É nos pequenos gestos e atitudes do nosso dia a dia, que devemos proporcionar o mínimo de alegria e compreensão a todos que nos cercam. Quero agradecer a sua confiança e amizade, dedicando-lhe os melhores votos de um Natal e Ano Novo, repleto de realizações, amor, paz e de grandes e importantes vitórias.
Com estima e amizade do,
Miguel Teixeira

sábado, 20 de dezembro de 2008

A propósito de sapatadas

De sapatada em sapatada, assim andam as modas na política, além fronteiras, mas também por cá. Se num primeiro instante, Santana deu uma sapatada em Ferreira Leite, em Outubro de 2009, espera-se que os lisboetas e portugueses corram com ambos, com ou sem sapatos.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Olhe que foi um sapo

"O que a líder do PSD não podia fazer era escolher Santana Lopes como quem engole óleo de fígado de bacalhau"

José Miguel Júdice in Público em 19Dez.2008Dez.2008

Não foi óleo de fígado de bacalhau que Manuela Ferreira leite engoliu, mas sim um valente sapo, ou não fosse o caso desta não ter votado em Santana Lopes nas últimas legislativas. Nem mesmo 6 meses sem democracia, apagam a memória deste facto.

Lançamento de sapato

É constrangedor ver membros do PSD regozijarem-se com o chumbo do Tribunal de Contas ao empréstimo à CML, que o PS e António Costa reclamam como fundamental para fazer face às dividas a fornecedores, contraídas pelos coveiros do PSD.
Mas não deixa de ser elucidativo, o entusiasmante clima de confiança que reina nas hostes do PPD-PSD, que apenas e tão só pode vangloriar-se dos contratempos de quem tenta agir em defesa do município e em consciência com quem forneceu e não recebeu.
O PSD bem sabe que à falta de cão, têm de ir a eleições com o Santana, um populista (segundo Manuela Ferreira Leite), para mim, uma personagem sem pudor nem memória, o pai de destruição de Lisboa ou não fosse ele, a par de Carmona Rodrigues, o grande responsável pelo gigantesco buraco financeiro na Câmara Municipal de Lisboa, decorrida sob a égide e alto patrocínio da laranjada do PPD.

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Um destes dias, pode bem acontecer que alguém lhe lance um sapato, como a Bush, tão evidentes que são as similaridades entre Santana e este.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A debater coisas sérias com um amigo


Na próxima 5.ªfeira, vou estar com o meu amigo João Condeixa, às 23H00, na Rádio Clube Português, para fazermos o balanço politico nacional de 2008.
Por certo estaremos muito afastados na análise, ora não fosse ele um respeitado militante centrista.
No final mesmo, o que conta é o debate e o reencontro com um amigo de há longos anos, com quem espero tomar um copo e por a conversa em dia.

Os Bancos e a Lata

Ainda há um mês atrás, andavam os senhores presidentes e administradores da Banca sediada em Portugal, em roda viva, desdobrando-se em acções de "sensibilização" na tentativa de reclamar apoios públicos, que acabaram por chegar pela mão do Estado.
Se estes não chegassem, na boca dos Banqueiros, "estaríamos condenados nós e todo o sistema, à desgraça".
Uma vez obtidos os apoios e garantias, fez por se esquecer a Banca dos compromissos assumidos com o seu novo e popular amigo Estado. Em causa estava também o reforço do crédito às empresas e famílias.
Esteve muito bem o primeiro-ministro, em apelar à memória dos novamente felizes banqueiros, que toda a lata do mundo esperavam ter e refazer a seu belo prazer.

Jorge Sampaio debate amanhã, em Lisboa

“O Diálogo como Ponte entre as Civilizações”


No próximo dia 17, pelas 17H30, o nosso antigo presidente da República Jorge Sampaio, participa a convite da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, na qualidade de Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações, numa conferência sobre “O Diálogo como Ponte entre as Civilizações”.

Hoje, mais do que nunca, este é um tema estruturante para o futuro da sociedade e das civilizações.

Em termos pessoais, vai ser um prazer pessoal, reencontrar um camarada que respeito e admiro profundamente enquanto homem e político e, a quem estou grato pelo apoio e confiança expressos na candidatura que esbocei à liderança da concelhia socialista de Lisboa.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Separe-se o Trigo do Joio


A Comissão do Orçamento e Finanças não se reuniu por ausência de quorum.
Se num post anterior expus as fragilidades do método de eleição e a não reciprocidade na representação entre eleito e eleitor, hoje sou levado a explanar as outras motivações e inconsequências da representação da função de deputado à Assembleia da República.
É contrastante o prestígio e importância das funções de deputado, com o comportamento relaxante, pouco ético e arbitrário que muitas dezenas de senhoras e senhores no exercício das funções colocam no seu dia a dia.
Tenho para mim que a Assembleia da República (AR) tem nas suas hostes brilhantes políticos, gente capaz e séria na sua acção e não tenho dúvida alguma, de que estes serão os primeiros interessados em ver separado o trigo do joio. Qualquer erva daninha na Assembleia da república pouco se importará em trocar os seus 3000€ de vencimento, por um outro lugar qualquer onde reencontre a mesma reserva financeira.
Assim anda a AR, frágil e à mercê de alguns que a encaram como mera vaga de emprego, não percebendo a honra e dignidade da função.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Alberto João Jardim - (versão I)

"Ou a República Portuguesa respeita a Madeira", "ou assume as consequências"

por: Alberto João jardim, presidente do Governo regional da Madeira, em 11Dez.08 - debate do Plano e Orçamento da Madeira para 2009


Uma vez mais, o presidente do Governo Regional da Madeira, abre o saco das suas inenarráveis ameaças separatistas?
Porventura pode alguém no juízo das suas funções constitucionais permitir semelhante desafio?
De que forma é que a República se pode permitir a tamanha devassa verbal?
Que papel assumirá o senhor Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva? - Será um Presidente de todos os portugueses ou uma vez mais comportar-se-á como espera o fidalgo Jardim do senhor Silva?
Imagino o coro de protesto e indignação, se semelhante observação partisse do presidente do Governo Regional dos Açores?

Para que fique explícito, não sou cubano senhor fidalgo Jardim, sou um português, que está farto de ver vexado um País e suas gentes aos seus contínuos atropelos separatistas, triste por perceber que a República e as Instituições não funcionam, preocupado por perceber que a Madeira e os madeirenses mais não são do que uma colónia nas suas mãos, na sua indigente gestão de fidalgo colonialista.


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Das responsabilidades do deputado, à sua eleição e a relação com o eleitor

A questão mais grave que emerge da propalada falta em plenário dos deputados à Assembleia da República, não é propriamente a que radica em torno das responsabilidades políticas e públicas do exercício da função, mas é fundamentalmente uma causa efeito da ausência de relação entre eleitos e eleitores que tem a sua principal razão no sistema de eleição.
Para todos os efeitos é difícil aferir o que é mais válido na acção de um deputado, se participar numa votação, se intervir ou assistir numa conferência cujo tema é relevante para os seus trabalhos, se estudar um dossier ou se o contacto com a população.
O verdadeiro problema reside na ausência de relação ou conhecimento sobre quem de facto nos representa. Quer queiramos quer não, o modelo de eleição de deputados, tal como ele existe, está desfasado da realidade, uma vez que continua a apontar para um total afastamento dos dois actores, e nem mesmo o sentido e a convicção da coisa pública por parte de alguns deputados, pode diminuir uma evidente inacção resultante de um sistema desapropriado.
Considero que o caminho a percorrer poderá passar pela manutenção de um círculo nacional e pela introdução de círculos uninominais, o que imporá uma verdadeira revolução no sistema eleitoral para a Assembleia da República. Num círculo regional de entre os vários candidatos de cada força partidária, os eleitores terão a possibilidade de votar num, independentemente do seu posicionamento na lista. Desta forma, existirá sempre a capacidade do eleitor identificar o seu deputado e deste identificar-se com os problemas e soluções a apontar no seu círculo.
Entendo que será sempre importante a par de um círculo uninominal, manter-se um círculo de âmbito nacional - que funcionará como instrumento de compensação, que permitirá aos pequenos partidos (que muito dificilmente conseguiriam eleger deputados nos círculos uninominais) contabilizar totalmente a sua votação, obtendo-se desta forma um Parlamento mais plural.
É preciso que não nos esqueçamos que a Assembleia da República independentemente dos regimes de eleição ou demais regimentos internos, é em absoluto um espelho fiel dos partidos políticos, que vezes de mais resistem à mudança e aos desafios que esta propõe, optando em contraponto pelo mesmo sistema, meios e actores. Como já uma vez escrevi, a dignidade do exercício de funções públicas parece ser à luz dos dias que correm, cada vez mais poesia para os nossos ouvidos. Enquanto há tempo, há espaço para reflectir e agir!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

ANJAS já tem blog


A Associação Nacional de Jovens Autarcas Socialistas, lançou recentemente um blog em www.boaspraticasautarquicas.blogspot.com , que promete ser um espaço de discussão e partilha de boas práticas.
A utilização de novos instrumentos na política merece sempre uma especial saudação, mais ainda se aludirmos à importância da temática e a liberdade como ela promete ser debatida em canal aberto.


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