sábado, 30 de maio de 2009

Fica-lhe mal senhor Presidente

A passagem de Cavaco Silva pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN), como accionista, foi lucrativa. O Presidente da República (PR) vendeu em Novembro de 2003 as 105.378 acções que tinha da SLN - empresa que até Novembro controlou o Banco Português de Negócios (BPN) -, por €2,4 cada. Tendo em conta que as tinha comprado em 2001 por €1, Cavaco obteve, com este negócio, ganhos de €147,5 mil.


Ainda me lembro de em Novembro passado o senhor Presidente da República ter negado por comunicado, qualquer possível envolvimento com o grupo da Sociedade Lusa de Negócios (SLN).
Não creio que existam razões para se temer qualquer tipo de envolvimento de Cavaco Silva com o grupo SLN, para além do papel de pequeno accionista. Mas em todo o caso cai mal verificar-se que para todos os efeitos o senhor Presidente da República entendeu ocultar esta informação.
Diz-se por aí, que quando não se deve, não se teme.

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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Um retrocesso político que fere a imagem dos partidos

A recente lei do financiamento dos partidos representou um enorme avanço face a um passado que colocou por vezes de mais, dúvidas e grandes questões relativamente à legitimidade dos proveitos e angariações financeiras dos partidos políticos.
O agora anunciado retrocesso, mais não representa do que a pior publicidade à já frágil imagem de que goza na opinião pública o espaço político e partidário.
São vários os políticos que reclamam inocência e que dizem sentir-se prejudicados face à latente desconfiança da sociedade civil e sobretudo da opinião pública e publicada, mas só o deputado António José Seguro está disponível para com firmeza contestar através do seu voto, uma proposta que reduz a transparência da vida dos partidos.
Em boa hora, sobram políticos com esta firmeza.
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