quinta-feira, 1 de maio de 2008

A moção de censura e o velho e gasto de sempre PCP



É por estas e por outras que se vem agudizando as relações de confiança entre os eleitores e os políticos, ora vejamos, o Partido Socialista tem vindo a encetar um conjunto de reformas estruturais que só o tempo ditará o sucesso, mas mantém uma toada reformista que sendo por vezes arriscada (para não errarmos basta nada fazermos), não deixa de ser aquilo que se espera de quem foi eleito para fazer face às questões que se colocam a uma sociedade e a um País.
Em registo oposto, encontramos a Oposição, que mais não sabe ou consegue que criticar insistentemente toda ou em parte as medidas que o Governo faz chegar à Assembleia da República.
Reconhecendo-se as atoardas trintonas do PCP, típicas de quem sobrevive sempre num registo iminentemente destrutivo, próprio de quem não conhece as razões e responsabilidades de governar, estranha-se o problemático avolumar quezilento e irresponsável que se instaurou no PSD e CDS-PP.
Observando-se imparcialmente a oposição ao Partido Socialista à esquerda e à direita, subentende-se da sua imensa fragilidade.
Ontem, no debate quinzenal na Assembleia da República, o primeiro-ministro, José Sócrates, trouxe a debate a proposta do Governo para a revisão do Código do Trabalho, que surge como um importante instrumento de resposta social, que poderá auxiliar a vida e as perspectivas laborais de toda uma comunidade jovem, mas não só, que se vê obrigada a prostrar-se aos recibos verdes e a outros vínculos precários, perpetrados por Administrações públicas e privadas que ditam as regras.
Hoje é dia 1 de Maio, DIA DOS TRABALHADORES e que melhor resposta para este dia do que um Governo que lê da necessária e emergente regulação social das relações laborais?
É claro e perceptível que o PS aos olhos do PCP ocupou o território que os comunistas reclamam como seu, mas que para o qual ao longo destes 34 anos de democracia ainda nada acrescentaram.
Da oposição espera-se responsabilidade e uma clara actuação proponente de alternativas, mas ontem e como sempre ao longo destes três anos de Governo, a oposição limitou-se a publicar nada.
No dia anterior ao da Comemoração dos Trabalhadores, entendeu o PCP como sua melhor proposta o anunciar de moção de censura, que fará apresentar. O que intimida o PCP é o diálogo em sede de concertação social e sobretudo que esta venha a merecer um novo consenso social, a bem dos trabalhadores.

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