segunda-feira, 30 de junho de 2008

Mugabe e a desesperante complacência internacional


Ontem consagrou-se pela sexta vez consecutiva, o tirano Robert Mugabe. Este histórico líder africano, teve o condão de multiplicar a violência racial face aos agricultores brancos que expulsou do Zimbabwe, atirando a economia deste país para uma inflação catastrófica, galopante, por si só condicionadora de qualquer réstia de esperança das populações.
Mais recentemente, viu o seu palco de liderança ser disputado por Morgan Tsvangirai, que viu a sua candidatura e apoiantes serem alvo de agressões, homicídios, entre as clandestinas prisões a que foi votado no decorrer do processo eleitoral.
Acresce a tudo isto a impassividade internacional, da UE, aos EUA, mas também à Rússia e aos líderes africanos
A mesma comissão eleitoral que levou semanas a adiar a apresentação dos resultados da primeira volta das eleições presidenciais, que sublinhe-se nunca se conheceram, foi agora mais lesta ao publicar em apenas dois dias, a vitória de Mugabe com 2 150 269 votos, ou seja, 90,2% dos sufrágios expressos, permitindo a este que se apresentasse no Egipto na cimeira da União Africana, como um líder empossado.
Muito tempo passou desde os inqualificáveis actos de selvajaria aplicados nos agricultores brancos zimbabweanos, a mando do tirano Mugabe. Hoje, no pós eleições, começam a levantar-se as vozes face ao hediondo estado político e social do Zimbabwe, havendo quem defenda uma solução militar.
Vem tudo muito tarde, tarde de mais para resolver o mais humanamente um conflito extremamente difícil e capaz de contagiar toda uma região do continente africano.

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