quarta-feira, 19 de novembro de 2008

PSD REDUZIDO A ISTO! (II)

A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, perguntou hoje se "não seria bom haver seis meses sem democracia" para "pôr tudo na ordem", num comentário às reformas que o actual Governo tem realizado em áreas como a justiça, educação ou saúde.

Nem o ex-líder Luís Filipe Meneses chegou tão baixo quanto Ferreira Leite e convenhamos que se tratou de uma personagem estranha, sem profundidade, pouco esclarecida e permanentemente contraditória, desdizendo-se a cada vapor.
Como avaliar a mais recente revelação de Ferreira Leite? Qualquer exercício nesse sentido, está à partida condenado ao fracasso, tal é o limite e amplitude das declarações que prestou. Nem mesmo Alberto João Jardim!
Convenhamos que qualquer militante ou mesmo simpatizante do PSD, deve estar envergonhado com as declarações da sua líder, não se revendo no seu conteúdo e forma.
Mas importa igualmente perceber qual o trajecto do PSD, que caminha perigosamente de partido com vocação de poder, para uma organização marginalmente desprovida das suas obrigações e da sua história e estatuto de líder de oposição.
Já aqui escrevi em outros posts, que essa é uma farda que assenta bem em outros partidos, que verbalizam o inconcebível, os mesmos gastos e fartos chavões.
Mas a par da gravidade das declarações anti-democráticas, cabe aqui ainda uma análise mais atenta ao que Manuel Ferreira Leite pretendeu transmitir. Na verdade, ela revelou a sua incapacidade para reformar e para reescrever uma nova página na sociedade portuguesa, ao admitir peremptoriamente que em democracia não se vê capaz de dar um novo rumo a Portugal.
A democracia portuguesa está por isso reduzida ao conformismo do PSD e da sua líder.

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