A candidatura de Pedro Santana Lopes à Câmara Municipal de Lisboa (CML) significa inevitavelmente um regresso deste ao local do desastre, a um passado que nos traz recordações do pior período vivido pelos lisboetas no pós 25 de Abril, caos, polémicas, escândalos, cartazes e campanhas cheias de custos mas vazias de obra ou conteúdo. Servem de contraponto a estas tristes lembranças o elevado progresso introduzido pelo Partido Socialista (PS) nos mandatos do dr. Jorge Sampaio e do dr. João Soares, que implementaram em Lisboa projectos estruturantes a diferentes níveis, como é o caso da total erradicação das barracas, da Lisboa capital europeia da Cultura, da CRIL, do túnel da Av. João XXI, entre tantos e muito bons exemplos que revitalizaram e deram dignidade à capital...Os seis anos de consulado do Partido Social Democrata (PSD) na CML, primeiro com Santana Lopes e depois com Carmona Rodrigues, ambos com passagens por Governos de funesta memória, resultaram num gigantesco buraco orçamental, numa ausência de obra, numa cidade parada, sem rumo e plantada de tapumes que cobriam vergonhas sem destino.O descrédito total da autarquia e dos seus serviços, perante eleitores, funcionários e credores, a presença constante do nome da autarquia nas capas dos jornais pelas piores razões e sob suspeita de inúmeros actos ilícitos precipitaram a realização de eleições intercalares em 2007.Com a equipa de Santana Lopes o PSD conseguiu um feito inaudito, tornar o dia-a-dia da autarquia numa telenovela constante, alternando apenas o argumento consoante os ventos das investigações, inquéritos e deslocações ao DIAP.No imaginário dos lisboetas, caberia por hipótese qualquer candidato do PSD que não Pedro Santana Lopes, por razões óbvias, mas até no PSD se assistem a graves cisões que têm por base esta escolha (Morais Sarmento, Paula Teixeira da Cruz e Pacheco Pereira) são apenas a face maior dos protestos internos. Mas apesar de tudo ele aí está, o Menino Guerreiro quer de volta o Poleiro! Em contraponto com esta “bagunçada” laranja encontra-se a gestão coerente de António Costa, que vê traduzido o ano de 2008 em quatro importantes marcas, que passaram por:
1. Colocar as contas em dia, através do pagamento da quase totalidade das dívidas da autarquia aos fornecedores “mesmo sem o empréstimo ter sido autorizado pelo Tribunal de Contas”, da redução da despesa em mais de 30%, da integração de quase mil funcionários a recibos verdes e da reestruturação do sector empresarial municipal;
2. Definir regras claras para a gestão municipal, através de regulamentação e definição de procedimentos;
3. Introduzir rigor na gestão urbanística, através do uso de instrumentos de planeamento, medidas preventivas e concursos públicos para determinados projectos como o Parque Mayer e Jardim Botânico;
4. Colocar a CML funcionar, o que permitiu que se concluíssem obras paradas por falta de pagamento, (como é o caso do miradouro do jardim de São Pedro de Alcântara) desbloquearam-se 1800 processos de licenciamento e reconquistou a gestão de zonas que não eram competência da CML, como a Frente Ribeirinha, a localização do novo IPO na Belavista e a Tapada das Necessidades.
O ano de 2008 representou por, oposição aos anos anteriores, o “arrumar da casa” que possibilitará acelerar as reformas e projectos de que a cidade tanto precisa em 2009, um ano que se quer de viragem e de relançamento do investimento, mas sobretudo de consolidação do futuro da Autarquia. Para já sabe-se que este novo ano será abordado por António Costa com três grandes prioridades: investimento na reabilitação do edificado, pela intervenção no espaço público e pela intervenção no muito degradado parque escolar. Excelentes escolhas, boas apostas.De uma coisa estão os lisboetas certos, em 2009 apresentam-se a eleições a credibilidade e capacidade de António Costa e a inconstância sem arte nem engenho, populista e disfuncional de Santana Lopes. Desta feita, em quem votará Manuela Ferreira Leite?
Publicado no Portal Lisboa
1. Colocar as contas em dia, através do pagamento da quase totalidade das dívidas da autarquia aos fornecedores “mesmo sem o empréstimo ter sido autorizado pelo Tribunal de Contas”, da redução da despesa em mais de 30%, da integração de quase mil funcionários a recibos verdes e da reestruturação do sector empresarial municipal;
2. Definir regras claras para a gestão municipal, através de regulamentação e definição de procedimentos;
3. Introduzir rigor na gestão urbanística, através do uso de instrumentos de planeamento, medidas preventivas e concursos públicos para determinados projectos como o Parque Mayer e Jardim Botânico;
4. Colocar a CML funcionar, o que permitiu que se concluíssem obras paradas por falta de pagamento, (como é o caso do miradouro do jardim de São Pedro de Alcântara) desbloquearam-se 1800 processos de licenciamento e reconquistou a gestão de zonas que não eram competência da CML, como a Frente Ribeirinha, a localização do novo IPO na Belavista e a Tapada das Necessidades.
O ano de 2008 representou por, oposição aos anos anteriores, o “arrumar da casa” que possibilitará acelerar as reformas e projectos de que a cidade tanto precisa em 2009, um ano que se quer de viragem e de relançamento do investimento, mas sobretudo de consolidação do futuro da Autarquia. Para já sabe-se que este novo ano será abordado por António Costa com três grandes prioridades: investimento na reabilitação do edificado, pela intervenção no espaço público e pela intervenção no muito degradado parque escolar. Excelentes escolhas, boas apostas.De uma coisa estão os lisboetas certos, em 2009 apresentam-se a eleições a credibilidade e capacidade de António Costa e a inconstância sem arte nem engenho, populista e disfuncional de Santana Lopes. Desta feita, em quem votará Manuela Ferreira Leite?
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